terça-feira, 23 de junho de 2009

Americanos pobres tem celular subsidiado pelo governo

É fato que hoje em dia os celulares são parte integrante da identidade de uma pessoa, seja aqui no Brasil, seja nos Estados Unidos, ou no mundo. Por saber disso, o governo americano declarou que oferecerá subsídios para que os aparelhos celulares cheguem às mãos de pessoas de baixa renda, a partir do programa de nome Lifeline.
A iniciativa vem relacionada a uma antiga lei federal americana, que diz que os mais pobres devem ter uma linha de telefone auxiliada pelo governo. O conceito da lei de 1984 foi atualizado, pois o governo percebeu que os celulares seriam muito mais importantes e mais simples de chegar, por exemplo, aos sem-teto. É sabido que
os sem-teto são ávidos consumidores de tecnologia, especialmente porque ela é um meio de inclusão social e que facilita a obtenção de benefícios.
Os contemplados pela lei poderão falar por 68 minutos mensais. “Eu me sinto muito mais seguro quando dirijo. Se eu ficar doente, eu posso ligar para alguém. Se eu me machucar, posso ligar para alguém. É uma necessidade.”, declarou John Cobb, aposentado que ficou incapacitado devido a uma cirrose e um enfisema, e foi agraciado com um aparelho Motorola 175 pela operadora Tracfone.
As companhias e operadoras também terão vantagens nesse negócio. De acordo com o site
The New York Times a maior parte dos americanos já possuem um celular, e isso está ocasionando uma queda nas vendas. Os pobres representam um mercado ainda inexplorado por essas empresas, que receberão US$10 pelo subsídio, muito mais do que os US$3 necessários para o serviço.
Roger Entner, analista da indústria sem fio do Instituto Nielsen, disse que o número de clientes beneficiados com linhas gratuitas ou subsidiadas dobrou para 1.4 milhões desde novembro do ano passado. Por causa disso, grandes operadoras como a Sprint Nextel e a AT&T se mostraram rapidamente interessadas no programa. Segundo dados do instituto, 90% dos americanos possuem telefones móveis, deixando 32 milhões de habitantes de fora do mercado, noticiou o site
Switched.
O dinheiro para o patrocínio virá de uma taxa cobrada na conta de telefone, e isso estaria gerando controvérsias em alguns estados como a Califórnia, cujo Lifeline ainda não foi modernizado para o modelo sem fio. Felipe Fuentes, senador que representa Los Angeles, quer saber se a telefonia sem fio é a melhor opção a ser subsidiada pelo governo. “E se o telefone não estiver recarregado? E se o caçula não souber como usá-lo?”, questiona o político.
Ações parecidas podem ser vistas em outros pontos dos Estados Unidos. Em cidades como Nova Iorque e São Francisco o governo instala computadores em abrigos para sem teto, enquanto a Google ajuda os desabrigados a criarem e configurarem seu próprio correio de voz.

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